quinta-feira, 20 de setembro de 2007

CRÔNICA LITERÁRIA

Gari ou coveiro?
Às seis e meia exatamente o rádio relógio dispara aquela canção, após desligá-lo espera mais cinco minutos e abre os olhos, consulta novamente aquele relógio que está na cabeceira, e quase sem forças para nada, enfim, levanta-se.
Mais uma vez vai ao banheiro, escova seus dentes, lava o rosto, quando ouve a campainha da porta, enxuga-se às pressas e sai do banheiro, caminhando até a porta que destranca, abre, vê logo a sua frente um homem caído na soleira, friamente corre o olhar em torno, momento em que constata que não há mais ninguém no corredor.
Abaixa-se, toca o homem com os dedos, sente que o corpo está frio e rígido, percebe que é mais um daqueles cadáveres, corre para o telefone disca o número da central de polícia, e comunica mais um caso de homicídio na movimentada Favela da Rocinha, antes de seguir para a luta diária de um Gari.

4 comentários:

Cid disse...

Muito interessante. Vc foi criativa no desfecho. Parabéns!Alguns interesses das esferas passaram? Abraços.

Vera Lúcia Cicareli e Anabel Solange Tobal disse...

bebelvera@hotmail.com

Achamos interessante seu texto, concordamos quanto a criatividade dada ao desfecho.
Abraços

suzanandrea disse...

Obrigada meninas

Tamara disse...

adorei o título, afinal, por meio dele podemos realizar inferências sobre seu conteúdo. Bjs, Tamar.